Claudia Tajes tem um humor coloquial, pop e acachapante. A força está nos comentários espirituosos das cenas de humilhação de Jucianara, que já começa torta a vida no cartório. “Nas vezes em que reclamei com a minha mãe por me chamar assim, ela respondeu: – Não poderia haver nome que combinasse mais com você”. É inviável não rir à toa e alto durante a leitura, como se houvesse um megafone embutido na garganta. Não se trata da risada sádica, que segrega as formosas das horríveis e aponta o dedo para torturar. Tajes alcança a proeza da risada generosa e solidária, imbuída da reflexão e do combate aos condicionamentos.
0 comentários:
Postar um comentário